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Por Marcos Paulo Bin Muitos famosos e repórteres, mas também brigas, gente passando mal e até furtos. Isso tudo porque um furacão baiano aportou no Rio de Janeiro em setembro, arrastando um público de quase 10 mil pessoas. No dia 17, o Claro Hall ganhou clima de carnaval no tão esperado show de Ivete Sangalo, que está divulgando o CD e DVD MTV Ao Vivo, estrondoso sucesso de vendas: o primeiro ultrapassou as 300 mil cópias vendidas, enquanto o segundo atingiu a marca de 160.000 unidades, recorde no Brasil. Tanta badalação em torno do show tem motivo, e não é somente por causa do bom momento vivido pela cantora. Ivete Sangalo demorou muito para fazer no Rio o show oficial de lançamento do disco, que chegou às lojas há cerca de cinco meses. Ela já havia se apresentado na cidade, mas em micaretas ou junto com outros artistas. Era natural, então, a expectativa. E, mesmo com a concorrência internacional do rapper 50 Cent, que se apresentava no Rio no mesmo dia, os 8 mil ingressos para o show se esgotaram rapidamente. A solução foi apressar um espetáculo extra, realizado no dia 19. No palco, Ivete Sangalo foi acompanhada por Rudnei Monteiro e Juninho (guitarra), Gigi (baixo), Radamés (teclado), Toinho Batera (bateria), Letieres Leite (sax), Guiga Scott (trompete) Ferrerinha (trombone), Cara de Cobra, Márcio Brasil e Fábio Almeida (percussão), Patrícia Sampaio (backing vocal), Amilton Lino, Celso, Dudé e Fabio Molejo (bailarinos). Ivete canta funk e faz juras de
amor ao Rio Olhando do fundo do Claro Hall em direção ao palco, o que se via era um mar de gente pulando que nem pipoca com a seqüência de hits. Não era de se espantar que a todo momento alguém passando mal saísse carregado nos ombros de um conhecido. Mesmo quem se encaminhava apenas para o bar ou o banheiro estava encharcado de suor. Com um público formado principalmente por adolescentes de classe média-alta, incluindo os famosos pitboys, também não foi difícil ver focos de briga aqui ou ali. O que mais chamou a atenção, apesar do forte esquema de segurança, foi a ocorrência de furtos de celulares e outros objetos, retirados das bolsas das meninas por uma mulher, que foi presa. Mas nada disso sequer ofuscou o brilho de uma noite muito alegre. Ivete Sangalo, com um pique inacreditável, emendava um sucesso atrás do outro, pulando sem parar no palco e comandando a multidão. O repertório do show seguiu exatamente o do DVD, com exceção de algumas músicas que não foram cantadas. A que mais fez falta foi o sucesso Pererê. Durante os primeiros três quartos do show, o ritmo foi frenético, só com as canções mais animadas, quase na mesma ordem em que aparecem no DVD. Depois de Arerê, empolgada com a receptividade do público, Ivete fez as primeiras juras de amor ao Rio. “Eu amo o Rio. Acho que vou fazer show durante um mês aqui”, disse a cantora, que depois, no camarim, afirmou se sentir um pouco carioca e lembrou ter recebido da Prefeitura o título de cidadã oficial da cidade. Antes de Carro Velho, mais uma referência à cidade: a banda tocou funk e Ivete improvisou alguns versos. Em Flor do Reggae, primeira faixa de trabalho e a única música inédita de MTV Ao Vivo, o público foi ao delírio, provando o sucesso radiofônico da canção. Mas nada que se compare à dobradinha Festa/Sorte Grande. Nesta última, a excelente banda de Ivete deu uma improvisada de leve, mudando o andamento da música. O público fez um coral ensurdecedor, realmente levantando poeira, como diz o pegajoso refrão. Depois de tanta animação, e com o público nas mãos, Ivete pôde mostrar suas baladas românticas. O ritmo, naturalmente, caiu um pouco, com A Lua Q Eu Te Dei, Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim e Faz Tempo. Ivete aproveitou o momento de sossego para mais uma rasgação-de-seda. “Melhor do que a casa estar cheia é o carinho que vocês têm por mim. Hoje nem vou dormir pensando nisso”, derreteu-se Ivete, aproveitando para brincar com o sucesso que está fazendo. “Nem Madonna vendeu DVD que nem eu. Britney não tem esse poder. Beyonce? Sabe por que ela se chama assim? Porque eu sou Beyon-á.” Ao saber da presença de famosos como a amiga Xuxa e sua filha Sasha, Eri Johnson e Suzana Vieira, Ivete Sangalo acabou se empolgando e estendeu demais os agradecimentos. Algumas pessoas gritavam “canta, canta!”, enquanto ela perguntava que outros VIPs estavam lá e lia as faixas dos fãs-clubes. Ao
voltar, o clima não era o mesmo. Canibal, que teria tudo para
“derrubar” o Claro Hall, foi morna, mas em Levada Louca a animação
voltou. Só que aí acabou o show. No bis, a balada Coleção, de
Cassiano, com levada no estilo cool jazz, Astral e, para fechar em grande
estilo, mais uma vez Sorte Grande. Não ficou pedra sobre pedra, ou
poeira sobre poeira, no abarrotado Claro Hall.
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